domingo, 18 de setembro de 2011

Bafana Ciência

Bafana Ciência: " "


Vale a pena dar uma conferida aqui.

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Comunidade Aberta e Comunidade Fechada


Lucas Avelino Evangelista

Fundamentos e História da Ecologia- Comunidade Aberta e Comunidade Fechada

(Gleason, 1926 e Clements, 1916)


Definir comunidade é um processo complicado, e ate hoje não existe um termo único que realmente define comunidade.
Esse termo ganhou força em 1954 por Clarke, que definia comunidade como a “parte viva do ecossistema”.  Ao longo do tempo novas visões foram aparecendo e outras definições foram dadas como as de:
Odum (1963): “Conjunto de todas as populações de uma determinada área geográfica.”
Ricklefs (1980): “Uma associação entre populações interativas”
Begon et al. (1990): Conjunto de todas as populações que ocorrem conjuntamente no tempo e no espaço.
                Apesar de existirem essas definições em torno da definição de “comunidade” existem duas escolas que tratam a existência de comunidades de formas diferentes. Estas são a escola individualista e a escola holística.
                A escola individualista foi criada através dos trabalhos Gleason,(1926). Essa escola é voltada para o conceito de comunidade aberta, ou seja, os ecótonos*1 não são barreiras para a distribuição de espécies. Não existem pontos coincidentes, que limitam a distribuição das espécies no espaço, ou seja, sua distribuição é arbitraria. A distribuição de todas as espécies é restrita apenas a sua capacidade de lidar com o meio em si, não é dependente e nem estritamente relacionada a presença de outras espécies que podem estar presentes no mesmo lugar. O esquema de distribuição das espécies acontece no padrão descrito pela figura abaixo:


As Comunidades Fechadas foi definida por clements em 1916 onde ele disse que a comunidade era formada como um superorganismo, onde as espécies estão firmemente relacionadas em sua história evolutiva. E por isso atualmente as relações de interdependência entre as espécies e o meio que elas se encontram funcionam de maneira semelhante às células e tecidos em um grande organismo. Através dessa definição são encontrados os ecótones, que são zonas de transição, formadas em regiões onde ocorre o contato de diferentes ecossistemas ou zonas limítrofes. Esses lugares são dotados de diversidade maior que em locais onde não acontece esse tipo de contato. Na figura abaixo esse tipo de comunidade é mais facilmente visualizada.




sábado, 17 de setembro de 2011

Lei do Minimo


ECOLOGIA


                                                                                     Lucas Avelino Evangelista

                Fundamentos e História da Ecologia- Lei do Minino (Justus Liebig, 1842)


A lei do mínimo foi proposta por Liebig em 1842, ela foi feita seguindo o preceito que de todo o organismo deve apresentar todos os elementos necessários para sua manutenção no ambiente em que se encontra em níveis mínimos. Segundo ele nenhum organismo é mais forte do que o seu elo mais fraco.
Essa teoria foi feita através de estudo com plantações, onde ele percebeu que apesar de algumas plantações estarem recebendo quantidade de águas e dióxido de carbono suficiente elas não estavam resistindo. Em estudos sobre a causa da morte dessas plantas, ele percebeu que mesmo que essas plantas apresentassem niveis suficientes de água e dióxido de carbono, existia um fator limitante para a continuidade do ciclo de vida dessas plantas, que nesse caso era o zinco.
                Através desse estudo ele percebeu que não somente essas plantas poderiam ser reguladas por outros elementos que necessitariam estarem presentes em concentrações ínfimas. E que isso poderia ser aplicado á todo ser vivo, e suas necessidades básicas para a manutenção do seu ciclo vital, mesmo que em condições mínimas. E através dessas observações que ele formulou a:
    Lei do Mínimo

Introdução a Ecologia

Ecologia:
                                                                                              Lucas Avelino Evangelista

Ecologia pode ser definida como o “estudo científico da distribuição dos organismos e das interações que determinam a distribuição e abundância”(Townsend, Begon & Harper, 2010). É um assunto amplo e permeia as mais diversas questões no seu estudo. O termo ecologia é um termo relativamente novo, passou a ser comumente usado a partir dos trabalhos realizados por Ernest Haeckel em 1886. Mas foi a partir dos trabalhos publicados por Tansley que o termo passou a ser utilizado e sendo considerada uma ciência, como de fato ela é. No mesmo período de Tansley, outro pesquisador chamado Clements aderiu a esse tipo de estudo tendo publicado em 1905 um estudo chamado Método de Pesquisa em Ecologia.
Outro grande pesquisador, considerado um dos pais da ecologia se chama Charles Elton, e isso se deve o fato de sua grande publicação “Ecologia Animal” em 1927.
                Primeiramente a ecologia seguiu por duas linhas bem distintas, sendo uma voltada para entender os padrões de distribuição de animais, e outra mais voltada pra compreender os padrões presentes em comunidades vegetais. Ao longo do tempo o estudo foi se aprofundando mais, e outros temas começaram a ser levados em questão.
                A preocupação com o controle de pragas também começou a ser alvos de estudos por volta da década de 50 e outros temas como a poluição também começaram a ser levados em questão.  Com o avanço das pesquisas e o inicio da visibilidade, diversa áreas de estudo sobre temas ecológicos foram sendo cridas e com o passar do tempo a especificidade de assuntos abordados foram aumentando até chegar em níveis como os atuais.
                Com essa maior visibilidade a ecologia começou a ser tratado como uma ciência, o que de fato ela é. Sendo, além de só se pensar em levantamentos e inventários diferentes perguntas começaram a ser respondidas. E inicialmente, essas perguntas poderiam ser definidas em perguntas que gerariam respostas imediatas e em perguntas que gerariam respostas finais. O primeiro grupo de cientistas sempre busca entender, os padrões que mantém determinadas espécies fixas nos seus locais de origem, assim como suas interações com o meio. Exemplo disso são estudos realizados com ataque de galhas em diversas espécies de árvores. Através de diversos trabalhos publicados nesse meio, respostas como suas especificidades entre plantas e hospedeiros podem ser encontradas, assim como a dinâmica temporal dessas espécies e a relação entre o modo de vida livre e a galha propriamente em si.
                Outra de trabalhar é procurar compreender os aspectos que levaram as espécies a ocuparem determinados ambientes e o que determina as relações e os comportamentos das mesmas apresentadas atualmente. È um assunto mais complicado de se trabalhar e diversos campos como o da biogeografia tentam explicar as origens desses padrões e suas interferências nos comportamento presentes atualmente.
                Dessa maneira fica-se claro que a ecologia é um assunto muito amplo e que necessita de muito estudo ainda, afinal o mundo está em constante modificação e os padrões presentes atualmente, com certeza não serão os mesmos presentes no nosso planeta daqui a 1 milhão de anos. Sendo assim termino esse texto com uma frase de Theodosius Dobzhansky:

         “Nada na Biologia tem sentido, exceto sob a luz da evolução