Lucas Avelino Evangelista
Fundamentos e História da Ecologia-
Comunidade Aberta e Comunidade Fechada
(Gleason, 1926 e Clements, 1916)
Definir comunidade é um processo complicado, e ate
hoje não existe um termo único que realmente define comunidade.
Esse termo ganhou força em 1954 por Clarke, que
definia comunidade como a “parte viva do ecossistema”. Ao longo do tempo novas visões foram
aparecendo e outras definições foram dadas como as de:
Odum (1963): “Conjunto de todas as populações de uma determinada
área geográfica.”
Ricklefs (1980): “Uma associação entre populações
interativas”
Begon et al. (1990): Conjunto de todas as populações
que ocorrem conjuntamente no tempo e no espaço.
Apesar
de existirem essas definições em torno da definição de “comunidade” existem duas escolas que tratam a existência de
comunidades de formas diferentes. Estas são a escola individualista e a escola holística.
A
escola individualista foi criada
através dos trabalhos Gleason,(1926). Essa escola é voltada para o conceito de
comunidade aberta, ou seja, os ecótonos*1 não são barreiras para a
distribuição de espécies. Não existem pontos coincidentes, que limitam a
distribuição das espécies no espaço, ou seja, sua distribuição é arbitraria. A
distribuição de todas as espécies é restrita apenas a sua capacidade de lidar
com o meio em si, não é dependente e nem estritamente relacionada a presença de
outras espécies que podem estar presentes no mesmo lugar. O esquema de
distribuição das espécies acontece no padrão descrito pela figura abaixo:
As Comunidades
Fechadas foi definida por clements em 1916 onde ele disse que a comunidade
era formada como um superorganismo, onde as espécies estão firmemente
relacionadas em sua história evolutiva. E por isso atualmente as relações de
interdependência entre as espécies e o meio que elas se encontram funcionam de
maneira semelhante às células e tecidos em um grande organismo. Através dessa
definição são encontrados os ecótones, que são zonas de transição, formadas em
regiões onde ocorre o contato de diferentes ecossistemas ou zonas limítrofes. Esses
lugares são dotados de diversidade maior que em locais onde não acontece esse
tipo de contato. Na figura abaixo esse tipo de comunidade é mais facilmente
visualizada.
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